Prefeito eleito de Pedra Branca tem mandato cassado antes da posse e fica inelegível por 8 anos

O prefeito eleito de Pedra Branca, Allison Victo Bastos de Sousa, teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder político e ficará inelegível por oito anos. A decisão foi proferida pela 42ª Zona Eleitoral e assinada pelo juiz eleitoral de Itaporanga, Osmar Caetano Xavier, que também determinou a quebra de sigilo telefônico e bancário dos envolvidos.

A ação que resultou na cassação foi movida pela “Coligação Governar para Todos”, composta pelos partidos Republicanos e União. A coligação acusou o então candidato a prefeito, Allison Victo, e o atual vereador Geudiano de Sousa, concorrente à reeleição, de abuso de poder econômico por meio de captação ilícita de sufrágio nas eleições municipais de 2024.

Além da inelegibilidade, que se estende por oito anos a partir de 6 de outubro de 2024, a decisão também prevê a cassação dos registros ou diplomas eventualmente concedidos aos envolvidos, em decorrência das eleições.

Segundo o processo, os dois candidatos visitaram a residência de José Rodrigues Sobrinho e Edlania Pereira Oliveira, no Sítio Jenipapeiro, zona rural de Pedra Branca, onde, acompanhados de um apoiador conhecido como “Jacaré”, realizaram a compra de votos. Os eleitores receberam R$ 2.000 em troca de seus votos, sendo R$ 1.500 pagos por Allison Victo e R$ 500 por Geudiano de Sousa.

Em sua defesa, os acusados negaram a prática de compra de votos e afirmaram que o flagrante filmado seria uma “armação”. Contudo, a decisão da Justiça Eleitoral foi pela cassação do mandato e imposição de multa de R$ 10.000,00, solidariamente aos dois condenados.

A sentença foi proferida em 1ª instância, o que permite recurso por parte dos envolvidos.

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