A nomeação de Alanna Galdino para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) está sendo contestada judicialmente. O ex-prefeito de Pocinhos, Cláudio Chaves, entrou com uma ação popular no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), solicitando a suspensão da indicação. O processo tramita na 5ª Vara de Fazenda Pública da Capital e questiona se Alanna preenche o critério de notório saber jurídico, exigido para o cargo.
Além disso, a ausência de uma sabatina pública antes da nomeação gerou críticas, levantando questionamentos sobre a transparência do processo. Críticos apontam que a relação de Alanna com seu pai, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado Adriano Galdino, pode indicar um possível favorecimento político.
Ministério Público investiga suspeita de nepotismo
O caso também foi levado ao Ministério Público estadual e ao Ministério Público de Contas (MPC) por Morgana Macena de Santana (PL), ex-candidata à prefeitura de Cabedelo. Ela alega que a nomeação pode caracterizar nepotismo e violar os princípios constitucionais de impessoalidade e moralidade administrativa.
Diante disso, o Ministério Público de Contas formalizou um pedido ao próprio TCE-PB para suspender a nomeação, garantindo que todos os critérios técnicos e legais sejam observados.
Defesa do governo e expectativa judicial
O procurador-geral do Estado, Fábio Brito, defendeu a indicação, afirmando que a nomeação é uma prerrogativa da ALPB e que o governador apenas seguiu o que determina a Constituição do Estado da Paraíba. Segundo Brito, o governo respeitou a autonomia dos poderes ao formalizar a nomeação.
Até o momento, o deputado Adriano Galdino não se manifestou sobre a polêmica. O caso segue em análise no Judiciário, podendo estabelecer um importante precedente para futuras indicações ao TCE-PB, órgão responsável pela fiscalização das contas públicas do estado.
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