O Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, conforme anunciado pelo Vaticano. Desde 2013, ele foi o líder da Igreja Católica e se destacou como uma das figuras religiosas mais influentes do século XXI.
Em um comunicado, o Vaticano declarou: “O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”
A notícia foi confirmada pelo cardeal Kevin Farrell, que tem origem irlandesa e assumirá a administração do Vaticano até a eleição de um novo papa. O mundo se une em luto, reconhecendo o legado deixado por um líder que sempre buscou transformação e compaixão por meio de sua mensagem.
O Papa Francisco havia sido hospitalizado em 14 de fevereiro com bronquite e uma infecção polimicrobiana, permanecendo internado por 37 dias. Apesar de receber alta em 23 de março, sua saúde vinha se agravando. Com histórico de problemas respiratórios, incluindo a perda de parte de um pulmão na juventude devido à pleurisia, ele também enfrentava dificuldades no joelho e no quadril, que o obrigaram a usar cadeira de rodas desde 2022.
Sua última aparição pública foi no domingo (20), quando abençoou os fiéis na Praça de São Pedro durante a Missa de Páscoa. Apesar da fragilidade de sua voz, ele continuou ativo, mantendo um ritmo intenso de trabalho mesmo após a hospitalização. Durante esse período, teve encontros significativos, incluindo um com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e comunicações com a diocese católica em Gaza.
Francisco, o primeiro papa latino-americano, foi um defensor da inclusão e do diálogo entre culturas. Sua primeira viagem pontifical, realizada meses após sua eleição, levou-o à ilha de Lampedusa, onde encontrou refugiados que haviam escapado de naufrágios no Mediterrâneo. Ele criticou a “globalização da indiferença”, enfatizando a necessidade de cuidar dos que vivem nas bordas do mundo.
Detalhes sobre os rituais fúnebres e o processo de sucessão serão anunciados em breve, enquanto o mundo se despede de um líder carismático e humanitário.
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